CÂMARA CASCUDO nasceu em Natal,
na Rua Senador José Bonifácio, chamada Rua das Virgens, 212, no Bairro da
Ribeira, numa Sexta-feira, dia de São Sabino, a 30 DE DEZEMBRO DE 1898 , às
17:30 horas. Filho do Coronel FRANCISCO JUSTINO DE OLIVEIRA CASCUDO e de ANA MARIA DA CÂMARA CASCUDO, nascida
Pimenta. Cascudo explica a origem
familiar do nome: "Cascudo não denomina, realmente, minha família paterna,
constituída dos Justino de Oliveira, Gondim, Ferreira de Melo e Marques Leal. Meu avô, Antonio Justino de Oliveira
(...) era, nos últimos anos, chamado o velho Cascudo, pela devoção ao Partido
Conservador, também com essa alcunha. Dois filhos, Francisco e Manuel, tiveram
a ideia de juntar o Cascudo ao nome, vocábulo que jamais meu avô pronunciou. O
nome Cascudo, no caso, não é o inseto, o coleóptero, mas vem do peixe de loca,
Acari."
Na sua mocidade, teve existência de
príncipe, morando numa Chácara no Tirol, denominada Vila Cascudo, centro
permanente de reuniões literárias, jantares festivos, recitais de músicos famosos
que transitavam pela cidade. Estudou no Atheneu Norte Riograndense, cursou
Medicina na Bahia e Rio de Janeiro, fazendo até o quarto ano. Desistiu de ser
médico, por falta de vocação, e foi estudar Direito no Recife, onde se formou
em 1928.
Apaixonou-se por uma menina de 16 anos,
com delicadeza e nome de flor, DÁHLIA FREIRE. Casaram-se em 21 de abril de 1929 e
tiveram dois filhos: Fernando Luís e Anna Maria. Iniciou-se como jornalista em
outubro de 1918, no jornal "A Imprensa", de propriedade de seu pai.
Colaborou em todos os jornais de Natal e em vários do país, mantendo seções
diárias inesquecíveis, como "Bric-a-Brac", naquele jornal, e
"Acta Diurna", em "A República" e no "Diário de
Natal". Esta última foi mantida quase diariamente de 1939 a 1952 e de 1959
a 1960, numa totalidade de 1.848 artigos. Essas seções foram os germens de
quase todos os seus livros, fomentando a sua obra de historiador, folclorista,
antropólogo, etnógrafo, sociólogo, ensaísta, tradutor-comentador, memorialista
e cronista, com renome internacional.
Estreou como escritor lançando o seu
primeiro trabalho VERSOS REUNIDOS, em 1920, antologia poética de Lourival
Açucena, com introdução e notas de sua autoria. No ano seguinte, 1921, publicou
o primeiro livro inteiramente seu, ALMA PATRÍCIA, crítica literária em torno
dos poetas potiguares desconhecidos do resto do Brasil. Sua consagração como
escritor, entretanto, ocorreu a partir de 1938-39 e, sobretudo, ao longo da
década de 40, FALECEU NO DIA 30 DE JULHO DE 1986
FONTE =
SITE DO GOVERNO RN
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