Nasceu
na Paraíba e se formou em direito pela Faculdade de Direito do Recife, em 1892,
na turma de Alberto Maranhão e Augusto Tavares de Lyra. Logo após formado,
desempenhou em Pernambuco os cargos de promotor público nas cidades de Cabo e
Recife, curador geral de órfãos desta cidade, juiz distrital em Olinda.
Veio para o
Rio Grande do Norte em 1895, convidado por Augusto Tavares de Lyra, sendo
indicado pelo amigo ao governador Pedro Velho que o nomeou diretor da Instrução
Pública Estadual e do Atheneu, de onde saiu para ser juiz de Direito da comarca
do Ceará-Mirim, voltando a dirigir o Atheneu e a Instrução Pública outras
vezes.
Destacou-se na
política educacional do Estado do Rio Grande do Norte como o gestor que
reorganizou o ensino em moldes modernos, na segunda administração de Alberto
Maranhão, de cujo governo também foi secretário, ocupando também o cargo de
consultor jurídico do Estado, em 1914, no fim da referida administração. Foi
advogado com escritório na rua 13 de maio (Princesa Isabel), professor e
deputado estadual no Rio Grande do Norte, na sexta legislatura de 1904-05-06.
Também foi acionista do Banco do Natal, fundado por Tavares de Lyra em 1905.
Convidado pelo
governador Joaquim Ferreira Chaves para continuar no cargo de consultor
jurídico, aceitou a princípio, renunciado em 1918 quando do rompimento político
entre Ferreira Chaves e Tavares de Lyra. O Dr. Pinto de Abreu tomou partido de
Augusto Tavares de Lyra e retornou ao Recife, onde foi nomeado secretário geral
do estado pelo governador José Rufino Bezerra (1917-1921), cargo em que ficou
até o fim dessa administração. Nesse período também exerceu a advocacia e
lecionou em vários colégios daquele Estado.
O hino à Augusto Severo é de sua autoria, em parceria com Eulália Câmara. Fez parte de inúmeras associações culturais na cidade do Natal, entre as quais: Natal Clube, IHGRN e Grêmio Literário Augusto Severo. Escreveu para a “Revista do Rio Grande do Norte”, para a “Tribuna” e A República.
Casou em 1912 com a senhora d. Maria Zuzana Teixeira de Moura, de ilustre família potiguar, senhora hereditária do engenho Ferreiro Torto, em Macaíba, onde moravam. Maria Suzana faleceu em 1942, sem prole deste casamento. Francisco Pinto de Abreu retornou à Pernambuco e realizou um terceiro matrimônio do qual deixou filhos, tendo falecido em Recife no dia 11 de junho de 1951.
Segundo a revista do Centro Polymathico do Rio Grande do Norte, em sua edição numero 1 de janeiro de 1920, o Dr. Pinto de Abreu foi:
"Professor
de vocação assinalada; pedagogista consumado no afanoso trato dos bons livros e
na prática do ensino onde se revelou verdadeiro líder pelo impulso que lhe deu,
vasando-o nos moldes contemporâneos que a última reforma não alterou,
felizmente, nas linhas gerais; hábil e consciencioso advogado para quem mais
vale a justiça que o interesse material da causa".
Era o que
pensava a elite intelectual do RN sobre o homem que ousou transformar
radicalmente a educação no Estado, um sonho acalentado junto com Alberto
Maranhão, que, na medida do possível, conseguiram efetivar através da criação
da rede de grupos escolares.
FONTE - HISTORIA E GENEALOGIA,DE
ANDERSON TAVARES DE LYRA
CONSULTOR DE HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
E DO BRASIL (IMPÉRIO E REPÚBLICA VELHA). GRADUADO EM HISTÓRIA. MESTRE EM
EDUCAÇÃO PELA UFRN E BACHAREL EM DIREITO. SÓCIO FUNDADOR DO INSTITUTO
NORTE-RIO-GRANDENSE DE GENEALOGIA, MEMBRO DO INSTITUTO PRÓ-MEMÓRIA DE MACAÍBA,
DO CENTRO NORTE-RIO-GRANDENSE DO RIO DE JANEIRO E DA ACADEMIA MACAIBENSE DE
LETRAS, ONDE OCUPA A CADEIRA Nº 04, CUJO PATRONO É O HISTORIADOR AUGUSTO
TAVARES DE LYRA. SÓCIO EFETIVO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO
GRANDE DO NORTE.
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